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O que aprendi com esta crise!
Minha formação em Ciências Econômicas me permite fazer análises independentes das mostradas por diversos meios de comunicação, por vezes tendenciosos ou mesmo “bonificados” financeiramente. Pois bem, esta não foi a primeira e nem a última, eu mesmo já passei por outras duas, mas não tinha o discernimento necessário para entender de forma adequada o que há por “trás” das cortinas.
Crises, sejam econômicas, sociais ou políticas, sempre ocorrerão em momentos diferentes sobre todas as nações em que hajam muitos interesses envolvidos nos processos construtivos ou destrutivos, segundo objetivos de ordem pessoal ou partidário em relação ao poder pelo poder, conforme já bem abordado pelo filósofo Maquiavel no século XVI.
Mas para evitar prolixidades vamos direto ao ponto. É muito interessante observarmos os comportamentos dos consumidores e dos fornecedores de produtos e serviços, de maneira geral, neste momento. Sendo notório que encontramos basicamente dois grandes perfis econômicos, hoje para facilitar o entendimento da mecânica de mercado. De um lado encontramos investidores e poupadores que tem dinheiro represado esperando o melhor momento para gastar/investir ou o aparecimento de oportunidades inevitáveis, e por outro lado encontramos uma parte da sociedade sofrendo as consequências das atrocidades decisórias cometidas de maneira calculada e inconsequente, os quais ficaram sem poupanças e, por vezes, sem emprego, e sendo relevante o fato de que vinham num ritmo de consumo não programado, mas incentivado por terceiros de maneira irresponsável.
Por consequência encontramos no lado dos empresários também grupos bem característicos, subdividido entre “gestores” e “donos de empresas”. Sendo que os gestores promovem ações de recuperação, manutenção e sustentação no aguardo da virada econômica, que ao meu ver ocorrerá até o final de 20l8, salvo novos episódios desconhecidos e de repercussão além fronteiras. Mas também encontramos outros que esperam calmamente ou apavorados que alguém lhes dê a fórmula mágica da salvação, mas no entanto continuam desempenhando seus papéis como antes.
Vou exemplificar para justificar. Até mesmo o segmento supermercadista perdeu porcentuais em vendas, mas os clientes invariavelmente são os mesmos. Mas daí cabe uma pergunta. Você recebeu alguma ligação pessoal convidando-o para ver as promoções? Claro que não, sempre foi mais fácil e impessoal fazer propaganda massificada por TV, jornal, tabloides ou outros meios, pois nem sabem que existimos. Não tem nosso endereço, fone ou conhecem nossos hábitos de consumo. Outro exemplo prático e pessoal, eu, meu filho e meu genro paramos de frequentar o salão em que cortávamos o cabelo já fazem 6 meses. O profissional da empresa tem nossos contatos, passo diversas vezes defronte ao estabelecimento, que visivelmente é perceptível a queda no movimento de clientes, mas nunca nos ligou. E certamente deve estar reclamando da baixa nas vendas.
Enfim, o que gostaria de comentar sobre o aprendizado com a crise, é que em mais de 30 anos prestando consultoria em Marketing, percebo os mesmos erros e existem soluções simples e econômicas a serem praticadas, mas que muitos só percebem quando começa a faltar dinheiro no caixa.
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Professor Nereu Mattiello - Me.
